Caro Luis Carlos obrigado pelo convite. Irei, na medida dos timings que vou tendo, tentar escrever alguns textos que considero interessantes.
Não pretendo faze-lo com conotações políticas porque como todos sabem não sou militante do PS. Já o fui, mas considero que a minha vinculação politico/partidária acabou no momento em que a minha carreira Professional adquiriu o rumo que a rege. Fico-me por simpatizante.
Obviamente detenho a minha opinião. Que quero deixar aqui expressa. Conheço a realidade do PSB e das pessoas que por lá convivem. Respeito a maioria delas. Outras pelo contrario representam na minha opinião o sectarismo mais básico e rancoroso que a natureza humana destila.
Considero igualmente que o actual líder do PSB continua igual a si mesmo. O professor de educação física Amilcar Romano não vai mudar e vai continuar na procura do seu beneficio pessoal, por cima de tudo e de todos os que lhe aparecerem pela frente.
Contrapondo isto, considero que existem jovens quadros no PSB com capacidade e retórica suficiente como para dar uma lufada de ar fresco ao partido. E é nesses que o partido devera unir esforços no sentido de recuperar a credibilidade perdida.
Da minha parte no que se refere a comentários de conotação política aqui acabam.
Falemos de desenvolvimento. Está na hora de começar a pensar nisso mesmo. O programa de governo do PS traduz as linhas mestras de algo que para muito dos barreirenses é sinónimo de desenvolvimento. Refiro-me a famigerada concessão da infra-estrutura rodo-ferroviaria Lisboa-Poceirão incluindo a terceira travessia do Tejo.
Um projecto estratificante que implicará um desenvolvimento económico geral brutal e cujos impactos terão raízes profundas nas futuras gerações barreirenses. Acredito sinceramente que é a última oportunidade de colocar o Barreiro na rota do desenvolvimento económico e social. E que o necessário projecto de cidade que todos os políticos deveriam defender deverá ser “encaixado” neste mega projecto, incluindo a requalificação da cidade (Quimiparque), as oficinas da EMEF e o tecido empresarial existente.
Claro que para defender esta opinião tenho os meus argumentos. Que deixam de ser argumentos quando aplico todos estes princípios a realidade com a que convivo diariamente e com os aspectos e impactos económico/financeiros que o investimento em grandes infra-estruturas no sector das comunicações detém.
Lidero a equipa financeira de um investimento estrutural que perfaz aprox. 35% do valor do investimento Lisboa/Poceirão. Uma concessão que implica a construção da Auto-estrada Transmontana. Só para deixar alguns números, implica a criação de 3000 postos de trabalho entre emprego directo e indirecto. O fornecimento de matérias primas e subsidiarias, em quantidades industriais para os trabalhos a desenvolver, através de economias de escala (locais), sem quantificar os impactos económicos que terá a criação desta infra-estrutura e deste novo corredor ibérico. Um exemplo. Que em futuros textos irei desenvolver.
Sei que o Barreiro é de facto a peça central deste puzzle. O centro nevrálgico do projecto entre Lisboa e o Poceirão. Onde as futuras oficinas de manutenção da EMEF para o TGV ficarão sediadas. Convém começar já a “vender o nosso peixe”. E assim que o investimento for adjudicado convencer quem de direito que o Barreiro deve ser aquilo que merece ser.
Defendi essa posição como militante do PS, tendo sido primeiro subscritor de uma moção nesse sentido e tendo participado directamente na comissão de apoio a terceira travessia rodo-ferroviaria.
Aproveitemos. Sejamos inteligentes. Como o actual presidente da Câmara o foi quando da polémica sobre a construção ou não da infra-estrutura. Não podemos desaproveitar esta oportunidade.
No próximo texto tentarei deixar umas noções do que é uma concessão. Estive num debate no Barreiro com deputados da Assembleia da República de todos os partidos e garanto que não percebem quase nada do que é uma concessão...
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