02/11/09

Um breve resumo histórico

Tenho a honra de pertencer a este grupo de pessoas que resolveram criar um movimento de discussão sobre o PS e mais concretamente sobre o PS\Barreiro.

Após as últimas eleições autárquicas ficou patente que a população barreirense não se revê, em termos locais, no Partido Socialista para levar a cabo a gestão da autarquia, mesmo depois de terem votado de forma significativa no Partido Socialista para o Governo da Nação.

Este volte face parece ser um indicador muito fidedigno de que em termos locais, os barreirenses não têm confiança no PS. O PS distanciou-se da população e dos seus anseios e desejos, não tendo conseguido apresentar um projecto de cidade que convencesse os barreirenses, nem do meu ponto de vista, um candidato que conseguisse suprimir ou colmatar essa falha.

Sem projecto e nem candidato assim nos apresentamos às eleições de 2009. No entanto, não é possível compreender este distanciamento do eleitorado ao partido, sem se analisar o que aconteceu desde 2005 até 2009.

Desde que perdemos as eleições em 2005, nunca mais conseguimos exorcizar o fantasma dessa derrota. Ainda hoje a visão do Partido sobre esse resultado não é consensual, pelo que se ainda não conseguimos fazer as pazes com o passado, como podemos encarar o futuro?

E lá fomos nós, cada um por seu lado, a tentar fazer as coisas à sua maneira, tentando sabotar as coisas dos outros (esta última afirmação é um mea culpa, pois também embarquei nesse registo). Extremaram-se posições, criaram-se facções, fizeram-se alianças como quem sempre se jurou que eram causadores de todos os males na terra, discutiu-se tudo e mais um par de botas, sempre no "superior interesse" do PS e do Barreiro, sempre nos esquecendo que o Barreiro não é uma abstracção, mas sim uma entidade viva e multi-dimensional, que não se rege por lógicas internas nem guerras e guerrilhas artificiais e fratricidas.

Chegados aqui, é necessário fazer uma oposição justa, crítica e positiva, deixando governar quem ganhou, não deixando de estar atentos a cada decisão tomada, aproveitando para reconquistar, pela força das ideias e dos projectos, a confiança e o voto dos barreirenses, pondo convenientemente a nu, as fragilidades que a CDU sempre teve no que respeita à Gestão autárquica.

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