26/10/09

Tomadas de Posse

Acabo de assistir pela televisão à Tomada de Posse do XVIII Governo Constitucional. Hoje há mais duas tomadas de posse de órgãos do poder político que merecem o meu destaque:

· Tomada de Posse da Câmara Municipal do Barreiro
· Tomada de Posse da Câmara Municipal do Montijo

Espero que todos possam desenvolver o seu trabalho de forma a responder às necessidades das suas populações.

Uma palavra especial para a minha camarada Maria Amélia Antunes que parte para este seu último mandato à frente da Câmara Municipal do Montijo com provas dadas na melhoria das condições de vida dos montijenses. Estou certo de que manterá o seu rumo, trilhando o caminho do desenvolvimento sustentado do Montijo.

Uma última nota para o discurso do Sr. Presidente da República que deixa no ar alguma tensão e abre uma porta à dissolução da AR. Leiam as entrelinhas…

24/10/09

Responsabilidade e Bom Senso

Segundo parece, no seio dos partidos políticos, dar uma opinião não é muito bem aceite. Segundo parece, até o simples facto de se ter uma opinião é visto como algo perigoso e suspeito. Mas não era sobre nada disto que hoje vos queria falar (cá está mais um caso de dupla personalidade. É o autor que chama ao prelo o assunto e o próprio que diz não ser esse o assunto a abordar. Enfim!).

Ontem, por maioria dos presentes, e sem quaisquer dúvidas sobre as opções de cada um, a CPC do PS Barreiro aprovou uma recomendação no sentido de ver realizadas eleições para esse órgão com a maior brevidade possível.

O Partido Socialista, e digo-o porque conheço o meu partido, tem uma longa tradição de respeito pelas decisões da maioria, ama e respeita a democracia e procura agir sempre de acordo com um apurado sentido de ética política.

Nunca me passaria pela cabeça que um socialista, ou um conjunto deles, não respeitassem as decisões da maioria dos representantes legítimos dos militantes do PS Barreiro.

Reconheço que a recomendação aprovada não tem qualquer valor do ponto de vista formal. Mas espero que reconheçam também que a votação que a aprovou representa um sentimento cada vez mais presente no PS e no Barreiro e por isso deve ser tida em profunda consideração por todos aqueles que dizem respeitar as regras mais elementares do "jogo" da democracia. Ainda que se trate da democracia interna de uma concelhia do PS Barreiro. Devemos ser os primeiros a dar um bom exemplo.

Por tudo o que acima referi, solicito aos meus camaradas, todos os meus camaradas, que assumam as suas responsabilidades, que ajam com bom senso e que permitam aos militantes do PS Barreiro a realização de um acto eleitoral que dê um novo rumo de esperança ao PS e ao Barreiro.

Apesar de tudo, considero que a reunião de ontem da CPC se realizou com um elevado nível de empenho de todos na resolução dos problemas da cidade e do partido, almejando a edificação de uma PS mais sólido e confiante, capaz de mobilizar os barreirenses e de apresentar as melhores soluções.

19/10/09

Todos são filhos: não há enteados

por António José Seguro, Publicado em 17 de Outubro de 2009 no Diário i

A minha escola ideal não reproduz a sociedade. Puxa pela sociedade. É uma escola exigente, com igualdade de oportunidades

Na escola ideal para os meus filhos "todos são filhos e não há enteados". Todas as crianças são tratadas pelo seu nome. Há meninos e meninas de várias culturas e nacionalidades. As origens e os percursos de vida são conhecidos e partilhados. A diferença é cultivada e valorizada como uma riqueza da humanidade. A diferença suscita a curiosidade, o interesse e o respeito. Ser diferente soma e une.

Na escola os professores são referências. Pela sua visão do mundo, pelo que sabem, pela forma como transmitem o conhecimento, pela sua disponibilidade e pela sua dedicação, exclusiva, a ensinar a aprender. Os professores são pessoas felizes e realizadas. São amigos.

Na escola ideal ensina-se a aprender e a ter gosto em continuar a aprender ao longo da vida, dando expressão à ideia de Agostinho da Silva que a escola deve ser um local onde eu possa ir 24 horas por dia, 365 dias no ano, perguntar tudo o que não sei e poder conversar com todas as outras pessoas que vão fazer o mesmo que eu.

Na escola ideal não há apenas alunos e professores. Há pais e toda uma aldeia, uma vila ou uma cidade necessária para a educação de cada uma das crianças. Há professores e profissionais especializados.

Nesta escola não há muros nem grades divisórias. É integralmente construída em paredes de vidro - bem no centro da cidade. A escola é o coração do espaço público e os seus jardins e espaços verdes confundem-se com a envolvente urbana. As vias pedonais atravessam a escola e o campo de recreio é visível por todos. Nesta escola a educação cívica não substitui a educação devida pelos pais, mas complementa-a, na busca de uma sociedade mais solidária. Não há temas tabus e a educação sexual é encarada com naturalidade. Os comportamentos violentos, de discriminação e de bullying são abordados e discutidos por todos e a inclusão é explicada como forma de vida. Não se escondem as desigualdades sociais e explica-se abertamente por que razões existem e de que forma podemos corrigi-las.

A escola ideal não reproduz a sociedade. Puxa pela sociedade. Vai à frente.
Na escola ideal há livros que não param de chegar e que se juntam aos clássicos. Apreende-se a História do meu país e a universal. Desenvolve-se a compreensão. Aprendem-se línguas. A língua portuguesa em primeiro lugar. Estimula-se o raciocínio, a criatividade e a imaginação. As crianças não abandonam a escola sem saberem ler, escrever, contar e falar. A escola prepara para a vida. Para o mercado de trabalho, mas também a ser homens e mulheres. Profissionais empreendedores, competentes e cidadãos responsáveis.

Uma escola exigente, com igualdade de oportunidades para todos, que não deixe ninguém para trás e que garanta condições de afirmação individual das competências de cada aluno.

Uma escola com tempo para aprender, para praticar desporto, brincar e conviver. Uma escola que promove as ideias e incentiva a crítica. Que ensina a utilizar as novas tecnologias e nos envolve no mundo das artes. Onde se aprenda que o ser é mais importante que o ter.

17/10/09

A dignidade da escola

A construção de uma escola pública inclusiva e formadora de carácter e consciências passa hoje muito pela acção das autarquias locais. Com a descentralização efectuada de competências e meios, financeiros e humanos, por parte da administração central, e no que concerne ao ensino pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico, as autarquias locais desempenham agora um papel fulcral na qualidade do ensino ministrado aos mais novos.

Em muitos concelhos, como no Barreiro PS, foram construídos centros escolares (Fidalguinhos), muitas escolas passaram a dispor de refeitórios e o prolongamento do horário passou a ser uma realidade. No Barreiro isso passou pela assinatura de um contrato programa entre o Governo e a CMB.

Depois desta introdução, pergunto:

Por que é que na Escola do Primeiro Ciclo do Ensino Básico da Telha, em Santo André, muitas crianças (centenas) não dispõem de uma refeição fornecida pela escola. Porque é que nessa escola o prolongamento curricular é uma anedota?

Reflictam bem!

E nessa reflexão lembrem-se que muitas autarquias fornecem os manuais escolares ao 1º Ciclo (e não só pequenas autarquias, vejam o exemplo de Odivelas), o prolongamento vai muitas vezes além daquilo que é contratado com o estado e as condições do parque escolar são muito superiores àquelas que as crianças de quase todo o Barreiro desfrutam. Lembrem-se disso!

16/10/09

Finalmente!

"Teremos, então, que agradecer ao Partido Socialista a conquista da maioria absoluta pela CDU, pois foi este que perdeu um mandato a favor da coligação PCP-PEV.”

Segundo a edição online do Jornal Rostos, esta é uma frase que consta de um comunicado emitido pelo PSD Barreiro a propósito do resultado das eleições autárquicas. Durante vinte anos o PSD serviu de muleta aos comunistas na CMB. O Sr. Bruno Vitorino, como outros vereadores do PSD, viabilizaram sempre o desgoverno comunista da nossa autarquia, a troco de meia dúzia de patacos. Traíram quem neles votou e os barreirenses a troco de 30 moedas de ouro, tal como Judas.

Mas, espanto último, confundiram-se tanto, que até já agradecem em nome da CDU a conquista da maioria absoluta e lançam a escada para mais umas migalhas.

Do ponto de vista interno, ainda que isso me interesse muito pouco ou nada, os locais laranjinhas atribuem a causa de todos os males a Manuela Ferreira Leite. A mesma que ainda há meia dúzia de dias era para eles a melhor pessoa para governar o país, mesmo que isso significasse não fazer a TTT, opção que para os mesmos foi decisiva para o resultado obtido no concelho e no distrito. Não é verdade que os liberais democratas do Barreiro votaram de forma esmagadora na Dr.ª MFL nas directas do PSD? Não foi essa a opção do dono do PSD Barreiro?

Desta vez só perderam 600 votos. Mas espero que continuem a apostar na liderança do Sr. Bruno Vitorino para se tornarem rapidamente residuais.

P.S.- Sei que a líder concelhia é a Dr.ª Olga qualquer coisa, mas isso é só a brincar!!!! ;)

15/10/09

Quem ganha governa...

... quem perde faz oposição.

Leiam isto:




No blog do Barreirense Paulo Calhau, ele escreve uma carta aberta, pós-eleitoral, ao Sr. Presidente da CMB, Carlos Humberto que acho que deve ser lida e reflectida (nem sei se ainda se usa o c em reflectida. Este acordo ortográfico...). Para ler no link abaixo:



http://paulocalhau57.blogspot.com/2009/10/carta-aberta-carlos-humberto.html



Boa leitura!!!

Parabéns Amílcar!

Carta aberta ao Sr. Presidente da CPC do PS Barreiro.

Caro Camarada Amílcar Romano,

Começo por te felicitar por teres cumprido, integralmente e de forma brilhante, todos os objectivos políticos a que te havias proposto há alguns anos atrás (talvez 6). Nessa altura, e após a morte do saudoso camarada Aires de Carvalho, do qual relembro a data do seu aniversário, 10 de Outubro, apostaste em vir a ser eleito deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista. Durante todos estes anos tudo fizeste para atingir esse único objectivo. Finalmente conseguiste, e pelo facto te dou aqui os meus públicos e justos parabéns.

Valeu tudo, ou quase. Instigaste o ódio entre camaradas, endeusando alguns agora e diabolizaste-os depois, numa lógica ultrapassada e fora de moda de considerar que os teus camaradas que contigo não estavam era contra ti que lutavam. Sabes por certo que já há mais de 35 anos que isso não se usa e olha que não te fica nada bem.

Reconheço a bravura com que te bates politicamente, sabendo porém que bravura nem sempre é sinónimo de competência. Claramente é este o caso. Qualquer aspirante a político, por muito inexperiente que seja, sabe que o segredo do sucesso é o resultado de diversos factores que ignoraste conscientemente e de forma irresponsável.

Cabe ao líder, como devias saber, unir os liderados. O Presidente do PS Barreiro é o Presidente de todos os socialistas barreirenses e não só de 3 ou 4 amigos dispostos a acenar positivamente a todos os seus desejos e vontades. Ignoraste as propostas, conselhos e ideias dos membros da CPC que não te apoiavam, optando por dividir para reinar ao invés de unir para conquistar. Já o povo diz, na sua imensa sabedoria, que quem te avisa teu amigo é. E eu, entre muitos outros, te avisei que o caminho que escolheste era errado e conduziria ao descalabro eleitoral que ontem se confirmou.

Desvalorizaste a participação, excluindo algumas tendências internas do PS Barreiro, com forte implementação no seio do nosso partido, da participação no processo autárquico. Que foi feito da participação na elaboração do nosso programa? Porque privilegiaste uma estranha aliança de ocasião com aqueles que publicamente sempre aclamaste como teus principais adversários internos e causadores de todos os males do PS Barreiro? Como dizem os americanos: “Tempos difíceis tornam estranhos em companheiros de cama”! Fizeste as tuas próprias escolhas e obtiveste o teu resultado.

Fizeste uma campanha ultrapassada pelos tempos. Num concelho em que o natural seria o PS vencer com maioria absoluta, conseguiste a proeza de obter o pior resultado autárquico para o PS Barreiro dos últimos 20 anos. Depois de termos lançado ou realizado o conjunto de obras mais emblemático que o Barreiro já viu (Terceira Travessia do Tejo, Polis, Piscina Municipal do Lavradio, Fórum Barreiro, Mercado de Santo André, entre muitas outras), depois de obtermos, há apenas 15 dias, o melhor resultado do distrito nas legislativas, como conseguiste esta proeza que foi deixar o PCP ganhar com maioria absoluta? Não houve participação da sociedade civil no projecto PS. Parte substancial do partido foi ignorada. O moderno recurso às novas tecnologias e às redes sociais, que tão importantes resultados teve na eleição de Barack Obama para Presidente dos Estados Unidos não foi minimamente considerado. E, acima de tudo, não tivemos candidato. Não estranho se vieres dizer que a culpa é deste ou daquele, desta ou daquela contingência, deste ou daquele militante. Estou habituado a ver-te distribuir responsabilidades e não assumir as próprias. Mas olha que desta vez é difícil. Como irás justificar o facto de andares a dizer (e por vezes mandar dizer) que os camaradas que te antecederam não sabiam fazer campanha e oposição depois deste resultado vergonhoso?

Mas, porque este texto já vai longo, espero ter a oportunidade de te dizer estas e outras verdades quando tiveres a dignidade de marcar uma reunião da CPC para te demitires, única forma séria e responsável de assumir a culpa integral por este descalabro, e permitir que outros, mais capazes, assumam a responsabilidade de recuperar o capital de competência e influência social que o PS Barreiro conquistou ao longo de anos e que tu desbarataste.

A todos aqueles, militantes e independentes, que aceitaram o desafio de concorrer nas listas do PS e deram o melhor de si pelo PS e pelo Barreiro, agradeço com um profundo reconhecimento pelo esforço realizado.

Não posso deixar de fazer uma referência ao camarada Juvenal Silvestre, reeleito Presidente da Junta de Freguesia de Coina com uma votação esmagadora na sua pessoa e no seu projecto, e que demonstrou que com trabalho, resistência e inteligência é possível fazerem-se coisas importantes.

Quanto a mim, findo dizendo que como sempre estou disponível para trabalhar com responsabilidade pelo futuro do Barreiro e do PS, esperando que todos aqueles que não se revêem na forma de estar e fazer política da actual liderança concelhia tomem corajosamente a opção de se demarcar da irresponsabilidade que foi este último ano e meio de PS Barreiro e escolham unir esforços para Voltar a Crescer!